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Previdência: convênio traz vantagens para o mercado

previdência - 08/09/2020

O primeiro convênio de cooperação técnica assinado pela FenaPrevi (representando as entidades abertas de previdência aberta) e Abrapp (associação dos fundos de pensão) – segmentos que, juntos, somam patrimônio da ordem de R$ 2 trilhões – terá como efeito prático inicial o desenvolvimento de ações conjuntas na área de educação financeira e previdenciária. “É algo que, hoje, está muito aquém da necessidade. Além disso, vamos participar de eventos lado a lado, realizar trabalhos técnicos conjuntos, promover e fomentar debates”, revela o diretor da FenaPrevi, Carlos Alberto de Paula, em entrevista exclusiva para o CQCS.

Nesse contexto, ele acredita que o corretor de seguros também será favorecido, até porque precisa ter “um mix de carteira diferente”.

O diretor da FenaPrevi acentua que esses segmentos podem colaborar para esse novo momento dos corretores, especialmente através da oferta de seguros de vida e planos de previdência por profissionais capacitados. “Vamos precisar de profissionais altamente qualificados para falar do mercado de anuidades. É um momento de oportunidades para o corretor. Hoje, há a questão da tecnologia e dos movimentos disruptivos e das plataformas que dão mais agilidade ao processo e ampliam as informações. São instrumentos que otimizam a atuação do corretor desde que perceba o novo cenário”, comenta De Paula.

Ele acrescenta que a pandemia do coronavírus “acelerou processos” e o corretor de seguros que fazia quatro visitas por dia, agora podem realizar 9 reuniões por meio virtual. Além disso, enquanto encontros reuniam 100 pessoas em um hotel, hoje é possível colocar 500 pessoas em uma live “É um mundo de oportunidades muito promissoras que se apresentou também para o corretor”, assinala o executivo.

Ainda com relação ao convênio, ele pontua que a cooperação maior entre os segmentos indica um grau elevado de maturidade e a união de forças vai resultar em uma agenda sinérgica valiosa, com desdobramentos na discussão de assuntos de interesse de ambos os segmentos junto aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. “Há um grande desconhecimento do mercado. Mesmo nos tribunais é ainda um tema árido”, frisa o executivo.

De Paula diz ainda que está animado com as oportunidades que surgem desse convênio, como os reflexos no desenvolvimento do mercado de rendas e o aperfeiçoamento de produtos de riscos, incluindo aqueles voltados para os fundos de pensão. “Temos muito mais opiniões convergentes do que diferenças”, assegura.

Fonte: CQCS