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Pressão psicológica afeta executivas

artigo - 26/08/2021

Em artigo, a psicóloga e terapeuta Dayane Oliveira afirma que a pressão psicológica do cenário atual pode atingir especialmente as executivas do mercado de seguros. "Com a chegada da pandemia, a questão de segurança física, patrimonial e fisiológica ficou diretamente relacionada à profissionais específicas como as de corretoras de seguros e executivas de seguradoras, que tiveram que manejar o cuidado de si e de seus clientes, garantindo atendimento e resolução de possíveis circunstâncias", comenta a profissional.

Veja o texto do artigo, abaixo, na íntegra:

Atualmente, muito se fala sobre saúde mental, principalmente, em tempos de pandemia. O que muita gente não se deu conta é que a pandemia apenas trouxe à tona todas as vivências e lutas “invisíveis”, pois todas as relações profissionais e pessoais acabaram sofrendo efeitos colaterais. No entanto, quisera que só fosse isso.

Especialmente para mulheres, os efeitos colaterais da pandemia na saúde mental mostraram o quanto se tornou necessário ter um olhar individual e para si. Quando as rotinas profissionais e pessoais se juntaram em momento de isolamento, as jornadas que já eram consideradas duplas - vivência interna e externa de casa – trouxeram exaustão e para compreender isso, precisamos voltar um pouquinho na história social da sociedade e do papel da mulher.

Desde o início da colonização do Brasil, o papel da mulher oscila em diversas funções. Por ora exercendo funções exóticas, sendo sexualizadas ao extremo, ora exercendo funções até desumanas.
Com a revolução sexual – que ocorreu entre 1960 até 1970 – o ideal da mulher interligada diretamente ao casamento, começa a ser desconstruída.

A procriação deixa de ser a única finalidade do papel social feminino. Não é por acaso que atualmente temos mais mulheres envolvidas em questões políticas, sociais, educacionais, financeiras e tantas outras atribuições.

Apesar disso, as mulheres ainda tem uma grande maratona a percorrer visto que suas atribuições e rotinas são cada vez maiores e, muitas das vezes, acabam não tendo a rede de apoio necessária ou o reconhecimento merecido e acabam sentindo a pressão psicológica em suprir todas as expectativas impostas.

A visão do feminino hoje está extremamente relacionada ao que gosto de chamar de “mulher multitarefa”, isso porque ao olharmos para a figura feminina, não vemos apenas exercendo uma atividade, mas múltiplas.
Porém, é muito comum que tais atribuições acabem sobrepondo a visão de si mesma esquecendo as suas próprias necessidades e desejos.

Por conta da grande dificuldade de reconhecimento no meio profissional, tornou-se extremamente comum à mulher desenvolver sinais e sintomas de possíveis transtornos psicológicos, como o aumento do índice de estresse, ansiedade, depressão, podendo chegar à síndrome de Burnout.

Com a chegada da pandemia, tudo isso se intensificou, pois a questão de segurança física, patrimonial e fisiológica ficou diretamente relacionada à profissionais específicas como as de corretoras de seguros e executivas de seguradoras, que tiveram que manejar o cuidado de si e de seus clientes, garantindo atendimento e resolução de possíveis circunstâncias.

E é claro, além de tudo, o cuidado com suas próprias rotinas.

Justamente por conta do aumento da pressão psicológica e a reação da mente no corpo gerando sintomas, se faz necessário ter um cuidado maior consigo mesma. Tirar um tempo para si, estabelecer horários e limites, incluir atividade física, momentos de lazer e autocuidado se torna extremamente essencial.

Além, é claro, de ter um local de fala onde toda esta pressão psicológica pode ser acolhida e trabalhada em novas formas de vivência.

Fonte: seguros.inf.br