Mercado

Seguros em Cuba: O desafio de uma nação

Internacional - 04/04/2011

Pela primeira vez, representantes do setor de seguros brasileiro poderão conhecer o potencial de negócios de seguro do mercado cubano. Está no Brasil para participação em Congresso do Comitê Ibero-latinoamericano (CILA) da Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA), maior organização de Direito de Seguro do mundo, o professor de Direito Comercial da Universidade de Havana; membro da União de Juristas Cubanos e presidente da AIDA-Cuba, Alejandro Vigil. Além disso, convidado pelo CVG-RJ, ele também fará palestra para profissionais do mercado brasileiro, no auditório da Escola Nacional de Seguros, nesta terça-feira (05 de abril).

Aprovada em janeiro para ingressar no mais importante órgão jurídico de seguro do mundo, Cuba parece dar claros sinais de que deseja interagir com outras nações na esfera comercial e jurídica. As expectativas dos países membros da AIDA é enorme e o feito inédito comemorado por todos, em especial, em Cuba, conforme afirma o próprio Vigil: “é a primeira vez que uma organização cubana se integra a uma organização internacional de tão reconhecido prestígio no âmbito do Direito do Seguro”.

1) Quais são as suas expectativas em relação ao ingresso de CUBA no CILA/AIDA?

As expectativas do ingresso são fundamentais, porque é a primeira ocasião em que uma organização cubana integra uma organização internacional, de conhecido prestígio no campo do direito de seguros. Estamos interessados ​​na troca,no estudo, na avaliação e conhecimento dos cenários, a fim de melhorar a legislação, prática e status do seguro em Cuba.

2) Como foi feita esta articulação para entrada de vocês no órgão?

A articulação foi conseguida graças à iniciativa de um grupo de professores e o presidentes do Comitê Ibero Latino Americano (CILA), que durante muito tempo se aproximaram de nósde nós na busca de soluções para alcançar uma articulação conjunta. De particular importância é a dinâmica do Dr. Sergio Mello, sócio-fundador do escritório Pellon &Associados, que no ano passado, conseguiu superar muitas dificuldades e encontrar soluções para chegar ao conjunto.

3) Quais são os principais projetos e objetivos de CUBA nesta organização internacional?

Os principais objetivos são os projetos de integração, contribuir e aprender. Temos a intenção de participar de reuniões internacionais, apresentar a lei de seguro do estado em Cuba, conhecendo a as tendências internacionais para desenvolver em Cuba. Particular importância para nós é a possibilidade de abrigar o Congresso Internacional de Direito de Seguros e, em particular, o CILA-AIDA, para o qual apoiamos totalmente se a nossa cidade foi escolhida como sede.

4) Soube que o conhecimento jurídico de seu país é vasto e denso. Como você pretende contribuir para que outros países do continente tenham acesso a este saber existente em seu País?

Pretendemos utilizar tecnologias de informática com base no desenvolvimento e na preparação de plataformas digitais que nos divulgarão, mantendo nossos eventos e informações atuais. Estamos trabalhando um boletim informativo digital, para no futuro ter um blog e página digital da AIDA-Cuba. Mesmo com a nossa presença em eventos é uma forma de dar maior importância para a nossa realidade atual.

5) Quais são as suas expectativas em relação a sua vinda ao Brasil, em especial, ao Rio , para a palestra na Funenseg?

É um evento muito importante para apresentar o estado de Seguros em Cuba, o potencial e as possibilidades, quais são as leis e regulamentos. Nossa economia é pequena, mas se desenvolve lentamente, e este é um momento importante para o investimento estrangeiro ser feito, especialmente o Brasil, que oferece a possibilidade de encontrar áreas de interesse mútuo.

6) O que pretende abordar em sua palestra?

Eu vou fazer uma apresentação do mercado de seguros em Cuba, as atuais projeções, as estatísticas e o futuro do setor, e vou avaliar as potencialidades que existem neste domínio para a integração e participação de seguros de todos os interessados ​​em participar da nossa realidade.

7) Você acha que a cultura brasileira e cubana por serem muito parecidas podem se beneficiar ainda mais com a aproximação de Cuba?

A cultura é um importante elemento de integração entre os povos, e a semelhança entre os cubanos e brasileiros, de que eu percebo agora diretamente, é um aspecto muito importante que permite obter duas áreas de integração.

Fonte: VTN Comunicação