Mercado

O setor de seguros e a economia digital

Artigo - Manuel Matos - 13/04/2011

Vimos, em 2010, o maior crescimento do comércio eletrônico em toda a história do Brasil: surpreendentes 40% em relação ao ano anterior, atingindo a marca de 23 milhões de compras on-line, no valor médio de R$ 373 cada uma delas. Os setores que já inseriram seus negócios no mundo digital e todos nós que contribuímos com a evolução desse sistema esperávamos crescimento em torno de 25%, mas o índice quase dobrou.

Diversos fatores fizeram o ano de 2010 superar recordes no comércio eletrônico em nosso país. A Copa do Mundo impulsionou a compra de televisores; alguns, portáteis, foram destaques em anúncios na internet, para compras somente on-line. Também houve o amadurecimento de práticas que facilitam o comércio eletrônico, como o acesso a sites especializados em fornecer comparativos de preços, que estimulam a compra on-line, e indicam muitas vezes lojas na internet com preços mais baixos do que na loja física da mesma rede, pela economia do processo digital. Foi o ano ainda do surgimento dos sites de compras coletivas.

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – Camara-e.net – é a maior entidade multisetorial da América Latina, agregando diversos segmentos da economia que se inserem nas práticas on-line. Entre diversos setores participantes, o de seguros é o de maior potencial.

Os corretores de seguros são grandes protagonistas da segurança nas transações eletrônicas. Esses profissionais lideram o processo de comercialização e emissão de certificados digitais no Brasil. São duas Autoridades Certificadoras – AC Sincor e AC Fenacor – e várias empresas corretoras de seguros que já atuam como Autoridades de Registro de certificados digitais, além de centenas delas em processo de credenciamento na ICP-Brasil.

Capacitar cidadãos e empresas para a prática de transações eletrônicas seguras é a missão da camara-e.net, e o corretor de seguros tem se mostrado um parceiro estratégico: ele está sempre próximo do cliente, de forma on-line ou presencial.

Além de o corretor fornecer certificados digitais como mais um item em sua carteira de produtos e serviços, é a partir dele que acontecerá o comércio eletrônico no setor de seguros. Esse avanço há muito tempo vem sendo cuidadosamente planejado para esses protagonistas da segurança no comércio eletrônico de bens e serviços.

A tecnologia permitiu aos corretores multiplicar os canais de comunicação com os clientes e às seguradoras possibilitou o aprimoramento do atendimento ao canal corretor. Nas compras on-line é muito importante a área de contato e esclarecimento de dúvidas. No caso de seguros, que exigem explicação mais técnica, o fechamento tem que ser feito por um profissional qualificado, e aí o corretor dispõe de uma clara vantagem competitiva. Só ele consegue unir qualificação profissional, dispersão geográfica, presença física junto ao cliente e conhecimento sobre o uso de documentos eletrônicos e assinaturas digitais nas transações online.

Fonte: Manuel Matos é presidente da camara-e.net