Mercado

IRB Brasil Re descarta novo aumento de capital

resseguro - 13/03/2023

Com sinistralidade mais baixa no quarto trimestre de 2022 (4T22) e quase um breakeven (equilíbrio entre despesas e receitas), o IRB quer mirar em 2023 na volta à lucratividade. Segundo o CEO Marcos Falcão, a expectativa é que a melhora gradual ocorra trimestre a trimestre ao longo deste ano. O foco será concentrar 80% dos negócios no Brasil e a manutenção e melhora dos índices regulatórios. Após o balanço do 4T22, as ações de IRB subiam 8,93%, a R$ 21,47, às 12h20 (horário de Brasília), após chegarem a avançar mais de 10% durante a manhã desta quinta-feira (9).
iwc replica UK




best replica watches uk




Segundo Falcão, as renovações de seguros em janeiro deste ano já foram a taxas melhores do que no ano passado. Com o cenário de juros mais altos no Brasil e no mundo, as reservas serão mais bem aplicadas, impactando em um resultado financeiro melhor, na avaliação do CEO.

Mas Falcão destaca que é preciso tempo para voltar ao nível de resultados que a empresa pode entregar. “Vamos atender o mercado com disciplina financeira e com objetivo de trazer retorno ao acionista”, afirma.

Com sinistralidade, comissionamento e despesas menores, reduziu-se também o índice combinando no 4T22, indicador importante para o setor de resseguros. O índice combinado caiu de 174% em 4T21 para 118% no 4T22.

Wilson Toneto, Vice-Presidente Técnico e de Operações, apontou ainda que 75% dos sinistros retidos em 2021 eram de contratos firmados antes de 2020. A mesma leitura para 2022 apresenta índice de 17%. “Com isso, o chamado efeito cauda foi arrefecido e a representatividade desses contratos será muito menor para os próximos anos”, aponta ele.

Dentro do padrão regulatório
Ao longo de 2022, o IRB foi desenquadrado do padrão regulatório por conta da Suficiência de Patrimônio Líquido e da Cobertura de Provisões Técnicas. Nos últimos dois trimestres, a empresa conseguiu se reenquadrar. O desenquadramento não deve voltar a acontecer em 2023, segundo Carlos Guerra, Vice-Presidente Jurídico, de Governança e Facilities. “As projeções indicam que os indicadores permanecerão dentro do padrão regulatório”, afirmou Guerra.

A Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado, que deve ser acima de 100%, ficou em 101% em dezembro, e o Índice de Solvência Total encerrou o ano em 260% (contra 245% em setembro de 2022).

Foco no Brasil
A diretoria reforçou o objetivo de, cada vez mais, concentrar os negócios no Brasil, até atingir um índice de 80%. Se em 2021, os prêmios emitidos no país somavam 61%, esse índice subiu para 68% em 2022. Agora, a meta é alcançar os 80% no Brasil em 2023.

Segundo Daniel Castillo, Vice-Presidente de Subscrição, é no Brasil que o IRB tem mais experiência, mas outros mercados não devem ficar de fora. “Vamos concentrar esforços em alguns mercados da América Latina. Subscrever 15% da carteira na América Latina, e 5% apenas no mercado global”, afirma.

Sem novo aumento de capital

Após o follow on de R$ 1,2 bilhão em 2022, que foi fundamental para o reenquadramento regulatório de IRB, a diretoria não vê agora a necessidade de outro aumento de capital.

O CEO afirmou que o aumento realizado no ano passado foi uma resposta à catástrofe do agronegócio no Brasil. “Olhando para a frente, vemos o IRB com volume menor de prêmios, vemos a companhia no hard market e não prevemos nenhuma catástrofe. Volta a lucratividade e também melhora a margem de solvência”, destaca.

Fonte: Sonho Seguro, com informações do Infomoney