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Tecnologia e sustentabilidade

artigo - Thaís Ruco - jornalista especialista em seguros e economia digital - 03/07/2012

No recente anúncio da composição do novo governo francês, liderado pelo presidente François Hollande, alguns fatores chamaram atenção: a participação efetiva de mulheres (34 ministros, 17 homens e 17 mulheres), a chegada de quatro delas na faixa de 30 anos, e novo ministério da Economia Digital, justamente nas mãos de uma mulher, de 39 anos, Fleur Pellerin. A França é um dos países que tem investido bastante em tecnologia e digitalização de processos. Em 2009, um fundo nacional de 4,5 bilhões de euros foi destinado para equipar o país com rede de banda larga de altíssima velocidade e desenvolver serviços inovadores, usos e conteúdo digital.
Essa preocupação é percebida em todo o mundo. Os 27 países da União Europeia estão discutindo acordo para lançar uma fase piloto para os chamados project bonds (obrigações destinadas a projetos concretos), que permitiria a captação de até 4,5 bilhões de euros para financiar, a partir do mês de julho, cinco ou seis projetos em transporte, energia e economia digital, que acreditam serem os três pilares para o crescimento dos países.

O presidente Barack Obama também está com suas atenções voltadas à economia digital nos EUA, com a criação de leis que tratam da questão da privacidade de usuários da web. Para ele, de acordo com recentes declarações, os consumidores americanos precisam de regras claras que garantam que suas informações estão seguras na internet, pois têm depositado mais e mais confiança na economia digital e devem se sentir seguros para que os negócios online tenham êxito.

A economia digital deve quase dobrar nos países do G20 (20 maiores economias do mundo) até 2016, segundo um estudo do Boston Consulting Group realizado no início do ano. O levantamento mostra que os negócios associados à internet nestes locais devem crescer dos atuais US$ 2,3 trilhões para US$ 4,2 trilhões, em 2016.

Os brasileiros gostam cada vez mais da ideia de ir às compras sem sair de casa e movimentam mais da metade do total da América Latina.

O sucesso do comércio eletrônico no Brasil pode ser explicado por três fatores: há mais segurança para se fazer compras pela internet, aumentaram as facilidades para realização de pagamentos eletrônicos e também aumentou a oferta de sites que permitem compras coletivas.

A grande vantagem do nosso mercado é o tamanho e a capacidade de expansão. Diariamente, novos consumidores utilizam o e-commerce pela
primeira vez.

A previsão é que, em quatro anos, três bilhões de pessoas tenham acesso à internet, número equivalente à metade da população mundial. O grande propulsor dos negócios deve ser o celular com acesso à internet, em expansão nos países emergentes.

A inovação tecnológica facilitou mudanças incríveis no consumo, estilo de vida e produtividade nos últimos 200 anos, e agora o desenvolvimento
das chamadas tecnologias verdes será essencial para catalisar e facilitar a revolução da sustentabilidade no século 21.

Com a evolução tecnológica, há uma tendência crescente em substituir o documento em papel pelo documento eletrônico. Com a assinatura digital, o documento eletrônico passou a ter autenticidade e ser aceito legalmente. Esta realidade já existe em vários países – Alemanha, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Portugal e Estados Unidos – e, no Brasil, ela é chamada de certificação digital. Lideranças do mercado de seguros têm trabalhado na missão de trazer para o meio eletrônico os documentos assinados em papel.

A produção de papel é uma ameaça às gerações futuras não somente pela preservação das árvores, mas pelo deslocamento nas grandes cidades, e pela conservação e disseminação das informações. Certificação digital é tecnologia limpa e gera significativa economia de papel e recursos naturais.

Fonte: revista apolice