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Novas tecnologias vão mudar o mercado

evento - 13/11/2013

Executivos do mercado e fornecedores de serviços de Tecnologia da Informação discutiram no 7º Insurance Service Meeting, o tradicional encontro anual realizado pela CNseg, os grandes temas que poderão ter impactos, diretos ou indiretos, para a indústria de seguros e seus clientes, além das ações necessárias para conviver nesse admirável (e assustador) mundo novo desenhado por tecnologias que se superam quase a cada dia.

A julgar das declarações dos participantes da abertura do Insurance Meeting- Patrick Larragoiti, vice-presidente da CNseg e presidente do Conselho de Administração da SulAmérica; Antonio Cassio dos Santos, diretor da CNseg e CEO de Seguros Gerais da Zurich Seguros; Carlos Viana, superintendente-executivo da Bradesco Saúde e presidente da Comissão de Processos e de Tecnologia da Informação da CNseg - os próximos anos vão mudar a forma de fazer negócios, exigindo estratégias inovadoras para as corporações que miram a longevidade de mercado.

Em consequência, expressões como economia do conhecimento, Big Data, telemática, iCloud, predictive analisys, estarão de vez incorporadas ao discurso e às práticas do mercado segurador. Logo, a informação tratada como uma mercadoria estará na linha de frente dos negócios. "A informação, que já é importante para o atual momento das empresas, terá um caráter cada vez mais estratégico e transformador. Então, este evento foi concebido para que o conhecimento seja traduzido e distribuído entre todos os participantes”, antecipou Carlos Viana.

A chamada economia da informação será o fiel da balança nesse jogo de xadrez corporativo. “Em particular, vejo que, na parte de seguro corporativo médico, sem conhecer o Big Data, as empresas tendem a desaparecer a médio prazo. Isso já está acontecendo na Europa e começa a virar realidade nos Estados Unidos”, exemplificou Antonio Cassio, para quem o gap tecnológico que os Estados Unidos impõem ao resto do mundo deve preocupar e exigir reação, sobretudo dos países e empresas da América Latina, que utilizam tecnologias defasadas.

Ativo participante da pauta de discussões do Insurance Meeting, Antonio Cassio explicou que os grandes temas tratados no encontro desembocam todos em um assunto-chave e razão de existir de uma seguradora: o segurado. “Então, o que permeia cada um dos painéis tem em vista a expectativa do segurado, saber o que vai impactar sua vida e o que cabe a nós, seguradoras, fazer para se preparar para um futuro inovador e que não está mais distante”, disse.

Nesse contexto, inclui-se também a geopolítica, com atenção para as negociações voltadas para criação de megablocos comerciais, e a gradual guinada da linha de negócios de produtos para segmentação de clientes.

Apesar das mudanças que se avizinham, o setor de seguros continuará a apresentar um crescimento chinês nos próximos anos, algo que deverá fazê-lo dobrar de tamanho dentro de cinco anos, prevê Patrick Larragoiti, encarregado de representar, na solenidade, o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, e de dar boas-vindas aos congressistas.

Após lembrar que milhões de brasileiros foram incorporados ao mercado segurador nos últimos anos, algo que tem relação direta com a conjuntura econômica e com proatividade das seguradoras, este movimento será continuado, mas criará importantes desafios para que a infraestrutura das seguradoras esteja em linha com o crescimento projetado, quer seja em termos de sistemas, quer seja em termos de operações. De olho no crescimento potencial, as seguradoras terão de criar novos produtos e dispor de novos canais de distribuição. “E ligado a tudo isso tem a questão do Big Data e o desafio de entender seu uso e impacto para nossa atividade, já que temos uma fonte de dados em nossos sistemas bastante interessante, de gestão de clientes, de sinistros, até prevenção”, assinalou.

Fonte: cnseg