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Fundos de pensão vão assumir fatia do IRB
resseguro - 16/01/2020
O Estadão informa que fundos de pensão como Petros, da Petrobrás, Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Previ, do Banco do Brasil, vão assumir em breve a participação direta de 3% no ressegurador IRB Brasil Re. Com o movimento, cerca de R$ 1 bilhão em ações da companhia vão passar para as mãos dos fundos.
Esperada para acontecer ainda no primeiro trimestre, depois de ter sido aprovada no fim de 2019, a mudança vai ocorrer porque o instrumento pelo qual as fundações tinham acesso ao IRB será encerrado.
Trata-se do FIP Caixa Barcelona, administrado pela Caixa. O fundo foi criado em 2012 para comprar ações do IRB. Como o ressegurador se tornou uma empresa de capital aberto, não fazia sentido mantê-lo com custos de administração e gestão, sendo que cada fundação poderia cuidar da própria participação. Nesse sentido, foi aprovada a liquidação do FIP Caixa Barcelona e a transferência dos papéis para cada um dos donos.
O mesmo movimento já havia sido feito com as ações que o FIP detinha no IRB fora do acordo de acionistas. Ele deixou de existir em julho, após o ressegurador se tornar uma corporation, ou seja, uma empresa com capital pulverizado.
Os cotistas não têm o que reclamar do investimento. O FIP Barcelona investiu no IRB, em 2013, ao custo de R$ 9,37 por ação. Quando abriu capital, os papéis do ressegurador foram precificados em R$ 27,24, valorização de 191% ante o preço de compra, seis anos antes.
Na segunda oferta subsequente de ações, feita em 2019, as ações do IRB foram vendidas a R$ 88. Além disso, as ações foram desdobradas em três. Nesse período, os papéis tiveram alta de 1.252%. Procurado, o IRB não comentou.
Aliás, os fundos de pensão têm, desde a Operação Greenfield, operação da Polícia Federal que investigou as fundações, mantido aversão aos FIPs, como são conhecidos os Fundos de Participações, ou os private equity. Nos bastidores, os fundos dizem que a exceção foi exatamente o investimento no IRB. Agora, com a queda da taxa de juros, as fundações começaram a alterar seus estatutos para voltar a investir em private equities.
Fonte: Estadão, via SindSeg/SP