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Susep diz que corretor “não corre riscos”
mercado - 01/02/2022
O sucesso inequívoco e comprovado por décadas do Corretor de Seguros se traduz na sua aprovação pelo consumidor. Só o Corretor pode acabar com isso, o que é improvável, porque jamais deixará de ser comprometido com o cliente. Tenho certeza que o Corretor só depende dele. Não corre riscos. A afirmação foi feita pelo superintendente da Susep, Alexandre Camillo, ao participar, nesta sexta-feira (28/01), de live transmitida pelo canal da Revista Apólice no Youtube.
Na conversa com a jornalista Kelly Lubiato, ele acentuou ainda que é plena a inclusão digital do Corretor de Seguros. “O mundo digital traz a transformação da sociedade. E o Corretor é um dos profissionais mais engajados e adaptados à era digital. Algum movimento, por visão não muito acertada, entendeu que o Corretor seria alijado ou superado pelo processo. Mas, a realidade mostra o contrário”, frisou.
Ele acredita que a digitalização traz informação até em quantidade exagerada, o que pode favorecer o mercado de seguros. “O setor, apesar de vir crescendo, tem um potencial enorme, um gap imenso a ser preenchido enorme. Para aumentarmos a demanda é preciso que o consumidor passe a ter conhecimento do produto, das necessidades de mitigar riscos. A digitalização colabora com isso”, observou.
Para o superintendente da Susep, “não há que se ter medo da digitalização”, até porque o acesso ao seguro por meio digital certamente vem sendo uma opção para o cliente. “Querer tolher essa opção dos clientes é dar um tiro no pé. O cliente tem que ter à disposição o maior número possível de acessos. Cabe ao corretor, como já o faz, se caracterizar como a melhor opção, não tem que temer a digitalização. Até porque já vimos alguns movimentos de oferta digital se renderem à necessária distribuição via Corretor. É fato no mundo e começa a ser discutido aqui também.”, enfatizou Camillo.
Em outro trecho da entrevista, ele ressaltou que cabe à Susep ser artífice do desenvolvimento do setor dentro de “um bom ambiente”.
Para o superintendente, nesse contexto, há um longo caminho a percorrer no Brasil, até pela ainda baixa penetração do seguro. Ele citou o fato de o mercado ter pago 70 mil indenizações a famílias de pessoas mortes pela Covid, dentro de um universo de mais de 600 mil vidas que foram perdidas. “Para mostrado o beneficio do seguro com a entrega financeira a essas famílias. Mas, o quão bom seria se tivéssemos atendimento 530 mil famílias. Isso dá a exata noção do caminho que temos pela frente”, afirmou.
Ainda sobre o enfoque que vem sendo dado à inovação, Camillo comentou que é preciso também consolidar ou sedimentar os processos em curso. “O anseio pela inovação é grande, mas não se pode deixar de ter foco no que já está disponível e, pior, ainda fica a tentação de desprezo ao que se fez e o recurso que está à mão. Eu quero estar atento ao que pudermos desenvolver de novo. Mas, temos muitos fatores que precisam ser percebidos e incentivados e estarmos atento a recursos novos, mas que não são excludentes”, pontuou.
Por fim, ao falar das perspectivas para o setor, ele disse que vê 2022 “com muito bons olhos”. Camillo lembrou que o mercado cresceu 13% até novembro de 2021 e que há “uma série de fatores e variáveis” propícios para o contínuo crescimento do setor, descolado da situação atual da economia brasileira. “Isso a gente vivenciou em vários momentos. O setor sempre se manteve em marcha de crescimento. Temos fatores que estão produzindo uma transformação na cabeça do consumidor sobre a importância do seguro. Ser querido e desejado pelo consumidor é difícil. Mas, é certo imaginar que estão percebendo a importância e a necessidade do seguro na sua vida empresarial ou particular”, concluiu.
Fonte: CQCS