Destaque
Vendas de seguros sobem acima de 22% em janeiro
mercado - 15/03/2011
Estatísticas da Susep, divulgadas ontem, mostram que a atividade de seguros apresentou forte crescimento no primeiro mês do ano, ao faturar R$ 8,479 bilhões, 22,3% a mais do que em janeiro de 2010. As indenizações chegaram a R$ 2,272 bilhões, comprometendo 26,8% do total dos prêmios diretos. No mês, os sinistros retidos subiram 12,3%.
Nas despesas comerciais, as seguradoras empenharam R$ 818 milhões, praticamente o mesmo dispêndio de janeiro do ano passado: R$ 814,9 milhões. A variação foi positiva em 0,4%.
Nos seguros patrimoniais, o setor captou R$ 907,8 milhões, contra R$ 654,8 milhões em janeiro de 2010, incremento de 38,6%. Os riscos de engenharia foram destaques com salto de R$ 24,9 milhões para R$ 177,6 milhões, aumento de 613,4%. A receita do ramo automotivo, por sua vez, cresceu 7,3%, de R$ 1,898 bilhão para R$ 2,037 bilhões. Com o seguro de automóvel, acrescido da cobertura de responsabilidade civil, a receita ficou em R$ 1,406 bilhão, expansão de 0,6%.
Na carteira de pessoas, a receita atingiu R$ 1,628 bilhão, 27,1% acima dos R$ 1,185 bilhão contabilizados em janeiro do ano passado. Os seguros de vida ficaram com R$ 864,6 milhões, alta de 24,8%. Impulso semelhante foi observado no VGBL: 24,6%, com faturamento de R$ 3,279 bilhões.
Os seguros de garantia continuaram a apresentar queda, ao faturar R$ 472,1 milhões em janeiro, menos 42,7% ante janeiro do ano passado. Os seguros agrícolas, com prêmios de R$ 43,5 milhões, subiram 17,1%, enquanto o segmento de transportes de mercadorias fechou janeiro com R$ 79,7 milhões, alta de 10,6%.
Segundo o superintendente da Susep, Paulo dos Santos, a trajetória de acelerado crescimento do mercado segurador tem condições de ser mantida pelo menos pelos próximos 10 anos, na casa de dois dígitos. "Eu diria que o mercado vai continuar crescendo num ritmo bastante acelerado. É óbvio que estamos saindo de um ano bastante (2010) rico em termos de crescimento e talvez o setor não consiga manter tal ritmo nesse primeiro ano do novo governo, dados os ajustes necessários neste momento para manter o equilíbrio da economia. Mas o país reúne todas as condições de continuar crescendo, e o mercado segurador pode repetir taxas sempre superiores ao PIB. Então, acho que o potencial de expansão do mercado segurador brasileiro está assegurado pelo menos para os próximos 10 anos, apresentando taxas bastante significativas, provavelmente na faixa de dois dígitos", afirmou, em recente entrevista ao Portal Viver Seguro, da CNSeg.
Fonte: Seguros dia-a-dia