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Anos dourados para o mercado de seguros

Eventos - 26/04/2011

Os impactos econômicos da realização da Copa do Mundo no Brasil deverão surtir efeitos até cinco anos depois de 2014. Dos investimentos projetados em infraestrutura, R$ 33 bilhões serão destinados à construção de estádios, melhoria da mobilidade urbana, segurança, saúde e hotelaria.

Além dos mais de 600 mil turistas estrangeiros esperados, 3 milhões de turistas brasileiros deverão se deslocar pelo país, gerando um impacto de R$ 9 bilhões na economia.

Somando os R$ 47 bilhões de impacto direto mais a recirculação do dinheiro, calcula-se que R$ 183 bilhões serão gerados ao país pela realização desse evento. “Podem até dizer o país poderia ganhar mais se ao invés de investir R$ 47 bilhões na Copa, destinasse esse recurso para educação. Mas discordo, porque não se pode parar o país”, diz o vice-presidente da JLT Re, Rodrigo Protasio.

Durante sua participação no Insurance Summit, realizado em São Paulo, ele analisou a questão de um ponto de vista mais otimista, observando que, embora o país vá destinar, por exemplo, apenas R$ 1 bilhão para saúde contra R$ 4,8 bilhões para os aeroportos, ambos os investimentos gerarão empregos. Estima-se a abertura de 332 mil vagas permanentes e 381 mil empregos temporários, durante o período da Copa.

Para ele, está claro que haverá um impacto positivo no setor de seguros e de várias formas. “Num primeiro momento, haverá uma gama muito grande de seguros que podem ser acionados, como seguro de vida e de acidentes pessoais de trabalhadores, saúde, de transportes, patrimoniais e até o seguro garantia, que garante a execução de obras dentro dos prazos estipulados”, diz.

Já durante as Olimpíadas, além dos seguros de pessoas, ganham destaque os seguros de responsabilidade civil e de garantia da realização dos espetáculos. Entre as coberturas que poderão ser comercializadas nos eventos esportivos, ele destaca as de “no show” e “cancellation”, que podem ressarcir os organizadores em caso de não realização do evento pelos gastos com transferência da data, publicidade, reembolso de ingressos etc.

Além dessas, as coberturas de “perda de receita” e “seguro de imagem”, direcionadas aos patrocinadores e detentores de direitos televisivos; e os seguros de responsabilidade civil, nas modalidades “geral”, “eventos”, “operações e uso” e “conservação” de produtos (desde boné, camisetas até aparelhos de precisão) e alimentos. Rodrigo Protasio citou, ainda, os seguros patrimoniais para pequenas obras e instalações provisórias, caso da construção de um palco extra, por exemplo, e os seguros de “RD equipamentos e roubo” para os bens em trânsito das delegações.

Aliás, além do seguro de acidentes pessoais que pode ser contratado especificamente para o público pagante e convidados da área vip, também podem ser adquiridos seguros para as os atletas das diversas delegações, para cobrir eventos emergenciais. Por fim, ele incluiu a cobertura para atos terroristas. “Depois de encerrados os Jogos, o setor de seguros continuará a se beneficiar, já que acompanhará o movimento da economia como um todo”, acrescenta.

Fonte: Márcia Alves - CVG-SP