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Ação contra o mercado marginal

entrevista - 15/12/2011

Nesta entrevista, o executivo Roberto Vasquez, diretor da Lords Corretora de Seguros, empresa do Grupo Aliança, fala sobre a ação organizada pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro visando a alertar consumidores a respeito dos riscos na contratação da chamada "proteção veicular". Segundo ele, esse problema é muito grave e preocupa. "Grupos de forasteiros estão denegrindo a imagem do mercado de seguros", adverte.


Qual a importância da campanha do Clube dos Corretores "Seguro é Proteção, Proteção não é Seguro"?

Qualquer movimento que envolva esclarecimentos sobre o Mercado de Seguros, e aí entra o do “Clube dos Corretores”, é válido para ajudar o consumidor a entender a real diferença entre um verdadeiro seguro e uma simples proteção. Fomentar o debate entre as lideranças também é importante.

Como você vê a atuação dessas cooperativas e associações? Como combater?

É preocupante. A credibilidade do Mercado Segurador, que com tanto sacrifício e trabalho das pessoas nele envolvidas, nunca esteve tão em alta. Grupos de “forasteiros”, que se acham no direito de criar um mercado paralelo, com certeza irão denegrir essa imagem. O grande público consumidor não consegue enxergar essa diferença e acaba entendendo que “tudo é Seguro”.

Você concorda que quando as Seguradoras negam fazer um seguro para um carro antigo, por exemplo, ela abre precedentes para esta cooperativa atuar? Por quê?

Realmente esta foi a porta aberta que o mercado deixou. O motivo do aparecimento dessas cooperativas foi a falta de opções dos consumidores, o que fez com que eles procurassem um segmento alternativo.
Cabe ao mercado, e aí eu incluo seguradoras, corretores e a FENASEG, criar uma comissão de notáveis para criar uma solução que venha a atender a esta faixa de novos consumidores de uma nova e emergente classe “C”, ávida por Seguro, mas que ainda não foi percebida e considerada pelo mercado. Um produto próprio, específico, com aspectos diferenciados como:Exclusão da perda total com 75% de avarias; Cláusula de colocação de algumas peças não vitais de segurança comprada no mercado paralelo; Obrigatoriedade de oficinas conveniadas com custos tabelados previamente estabelecidos e acordados; Vistoria de dois em dois anos para controlar o estado dos veículos e franquia diferenciada para o segurado e para o terceiro.
Enfim, seria importante um fórum de debates entre os setores envolvidos para se criar um produto diferenciado e podendo até ter custo único para todas as Seguradoras ou não, onde o cliente pudesse escolher sua Seguradora em função do atendimento.


Como os corretores devem agir contra essa atuação irregular? Você acha que isso afeta estes profissionais?

Os sindicatos de todo o Brasil deveriam fazer esclarecimentos em todas as mídias voltadas para este novo público, mostrando o risco de se fazer um seguro que não seja fiscalizado pela SUSEP, pois afinal, seguro é só com o corretor de Seguros.




Fonte: VTN Comunicação