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Surge um novo tipo de seguro pirata

automóveis - 08/07/2011

Com aparência e conteúdo que engana o consumidor oferecendo muitos benefícios, não são apenas as cooperativas de proteção veicular que lançam sites atrativos para vender seguros piratas. Agora, os “produtos” são comercializados também por autoclubes.

A nova estratégia é adotar disfarces para desviar da suspeita de ilegalidade. Nesse contexto, em vários endereços da web é possível identificar organizações de fachada como “clube de automóvel” e “programas de proteção” destinados a proprietários de veículos.

No site do Clube do Carro (www.clubedocarro.org.br ), por exemplo, as páginas exibem uma estrutura que faz de tudo para atrair o público, com apresentação de um Clube de Vantagens.

Nesse espaço, o suposto associado conta com assessoria jurídica, gerenciamento de risco, assistência 24 horas, serviço de help-desk e até seguro para terceiros, mediante parceria com companhias de seguros, segundo a lista de benefícios fornecida aos internautas.

Já o Clube ABS Brasil (www.clubeabsbrasil.com.br) anuncia três tipos de programas voltados para automóveis, motocicletas e veículos pesados. Sem qualquer autorização para venda de proteção, há claro destaque para o trabalho que, em tese, segue os princípios da “governança associativa”.

Para mostrar credibilidade ao mercado, o Clube ABS Brasil apresenta ainda o lado social, estimulando a parceria em campanhas solidárias.

Em paralelo, a firma denominada Salvador Auto Clube (www.salvadorautoclube.com.br/salvador ), dispõe de “ programa de proteção e assistência veicular”, prometendo seguro com direito a até 24 reboques por ano e cobertura a condutores indeterminados, além de programa de bônus ao associado.

Em meio às facilidades de proteção com preços irrisórios, a abordagem sugere que o único intuito das associações é vender sem garantias e critérios, em um negócio à margem de obrigações contratuais previstas no Código de Defesa do Consumidor. Sem fiscalização adequada, as maneiras de envolver o consumidor no golpe são, portanto, ampliadas através da rede.

Vale lembrar que recentemente a Superintendência de Seguros Privados (Susep) intensificou a fiscalização da venda dos seguros irregulares e, de janeiro de 2010 a maio deste ano, instaurou 77 inquéritos contra as tais entidades. Enquanto sucedem as multas e punições, a autarquia disponibiliza à população em seu portal (www.susep.gov.br) um texto que visa alertar o público sobre a cobertura pirata.

Fonte: cqcs