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Inflação e gastos públicos causam apreensão

conjuntura - 08/07/2011

Os seguradores estrangeiros continuam apostando firme no potencial do mercado brasileiro. Contudo, ainda identificam alguns gargalos que preocupam. “A inflação, de fato, assusta um pouco. É preciso ver até onde vai. Ainda há o risco da indexação”, comenta o presidente da Allianz Seguros e da Allianz Saúde do Brasil, Max Thiermann.

Outro problema econômico apontado por ele é a questão dos gastos públicos. Max Thiermann afirma que houve uma “euforia por investimentos”, com exagero nos gastos no final do Governo passado e que é preciso mesmo frear essa tendência.

Em contrapartida, ele enxerga alguns motivos para otimismo no mercado de seguros. O presidente da Allianz revela que os negócios da seguradora no mercado brasileiro dobraram de tamanho nos últimos quatro anos, com crescimento médio anual sempre acima do mercado como um todo.

Nem mesmo as mudanças nas regras do resseguro, alvo de críticas de especialistas e grupos estrangeiros, preocupam Max Thiermann. Até mesmo porque ele entende que ainda é cedo para avaliar as conseqüências. “Essas regras novas estão em vigência há apenas 90 dias. Na prática, não houve interferência nos contratos vigentes. Vamos ver no momento da renovação. É uma das nossas preocupações, mas não é a principal”, frisa o executivo.

Max Thiermann diz que o mais importante, no momento, é apostar na diversificação dos negócios, caminho que a Allianz vem seguindo com sucesso. Ele adianta que a meta é atuar na maioria dos ramos de seguros possíveis. “No ramo de automóveis, já temos um milhão de veículos segurados. A aproximação com o corretor nos ajudará muito nesse processo”, salienta, acrescentando que a meta da companhia é crescer até 18% este ano, o que ocorreu, de fato, no primeiro semestre. “Esperamos manter esse ritmo até o final do ano, sem abrir mão dos resultados”, afirma.

Outra preocupação da seguradora é ampliar sua atuação no mercado do Rio de Janeiro. Antes de tudo, para alcançar esse objetivo, a Allianz vai investir no relacionamento com o corretor de seguros do estado, oferecendo mais “calor humano” e recuperar “o tempo perdido”.
A primeira conseqüência dessa política de aproximação foi uma homenagem prestada a Max Thiermann pelo Clube dos Corretores do Rio de Janeiro, no final da semana passada. Segundo o presidente da entidade, Amilcar Vianna, a Allianz tem planos ambiciosos para o mercado brasileiro. “Estou sabendo que a maior seguradora do mundo quer ser, agora, também a maior do mercado brasileiro”, acentuou Amilcar Vianna, que elogiou a disposição da companhia de ser uma seguradora de “A a Z” (atuando em todas as modalidades de seguros).

Fonte: Jornal do Commercio