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Solvência II deve mudar fluxo de capital das seguradoras

internacional - 14/07/2011

As agências internacionais trazem hoje um relatório do Banco para Compensações Internacionais (BIS), que revela a redução da oferta de capital de baixo risco para o sistema financeiro global. Tal mudança é consequência dos novos padrões contábeis como Solvência II, que exigem que os fundos de pensão e as seguradoras precifiquem seus ativos mais agressivamente em relação a seus valores de mercado.

Com ativos superiores a US$ 40 trilhões, seguradoras e fundos de pensão são considerados os principais investidores instituicionais de longo prazo, ofertando funding para bancos negociarem crédito com empresas ou indivíduos ou mesmo na compra de títulos públicos, financiando governos em projetos de infraestrutura.

A boa notícia é que para esses investidores institucionais manterem o ritmo atual de financiamento, as instituições que pegam tais recursos terão de ser mais transparentes e assim ter um peso que compromete menos o capital baseado em risco das seguradoras e fundos. A regra diz que elas poderão ampliar o financiamento aos bancos, caso o sistema financeiro tenha uma regulamentação melhor, diz o relatório do BIS.

Pelas novas regras, as seguradoras poderão usar operações de hedge, resseguros e securitização para transferir riscos, uma vez que sigam normas claras, sem brechas, com o objetivo claro de dar mais transparência para tais mecanismos financeiros e assim evitar uma crise causada por riscos sistêmicos, como foi o caso da crise financeira de 2008.

Fonte: cnseg