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Rio tende a retomar o crescimento este ano

Mercado - 11/02/2011

O fraco desempenho da atividade de seguros no Rio de Janeiro em 2010, que cresceu 4,8% frente a média brasileira de 17,6%, não preocupa lideranças do setor. O moderado desempenho é visto sob a influência de fatores considerados positivos, como a queda dos preços da apólice de automóvel, carteira que tem quase 20% da produção estadual, bem como de ramos como riscos de petróleo, construção (engenharia), marítimos e aeronáuticos, que, juntos, são responsáveis por fatia próxima de 6% do mercado fluminense.



A tímida evolução do Rio no ano passado, que faturou R$ 9,672 bilhões, é explicada ainda pela elevada base de comparação do ano anterior, cuja expansão de 18,2%, apesar dos reflexos da crise mundial, superou em 5,2 pontos percentuais a média nacional. A incógnita da equação é o tenro avanço do VGBL, que tem peso de 48% nas vendas de seguros no estado e que cresceu apenas 7%, ante a média nacional de 21,8%.



A expectativa, contudo, é positiva para 2011, ano em que é esperada forte retomada do crescimento do setor, a reboque de grandes obras já anunciadas.



"Há grandes empreendimentos previstos ou já em execução em todo o estado, abrindo um leque de negócios para o mercado", conta o presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro (Sindseg-RJ), Luiz Tavares, ao falar ao portal Viver Seguro, da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).



"Não se pode construir nada sem a garantia do seguro. Então, para todos os lados que se olhe, as perspectivas são alvissareiras", destaca.



EXPANSÃO. Diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Neival Rodrigues entende que a redução do preço do seguro de automóvel de fato impactou no desempenho do mercado fluminense em 2010, conforme revelou ao Jornal do Commercio, há duas semanas.



"A tendência de redução do preço médio do seguro permanecerá enquanto as autoridades continuarem reduzindo os índices de roubo e furto de veículos no estado", previu.



O cenário de custos menores é favorável ao crescimento das vendas de seguro de carro. Segundo estimativas do sindicato das seguradoras (Sindseg-RJ), o preço mais baixo do seguro, somado ao crescimento das vendas de veículos novos e usados, pode propiciar salto de até 15% na comercialização de apólices este ano, bem acima dos 7,6% registrados em 2010.



Os seguradores apostam ainda no incremento de outras carteiras importantes. Até mesmo a tragédia na Região Serrana pode ajudar a aumentar as vendas principalmente de garantias para as residências. Luiz Tavares, no site da CNSeg, relata que o fato do Brasil não ter catástrofes naturais, como terremotos, faz com que as pessoas se sintam seguras. Muitos também desconhecem a existência dessas coberturas. "Mas, como o clima começa a mudar, é provável que as pessoas se tornem mais cautelosas e passem a comprar mais seguro", observa o executivo.

Fonte: Jornal do Commercio