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Veículos comerciais leves impulsionam mercado de seguros

automóveis - 28/07/2011

O aumento nas vendas de veículos comerciais reflete positivamente no mercado segurador brasileiro. Assim como no setor bancário, as seguradoras ainda não conseguem medir com precisão qual o tamanho do impacto no mercado total em faturamento, mas a maioria registra alta na demanda e já coloca nas prateleiras opções de produtos que atendam as mais diversas necessidades do nicho. O Grupo Segurador Banco do Brasil-Mapfre computou um crescimento de 18% no volume de veículos dessa categoria segurados em junho e média acumulada de 12% no primeiro semestre, com 65 mil no período, comparativamente a igual intervalo de 2010, afirma Jabis de Mendonça Alexandre, diretor-geral de automóvel da companhia. “A carteira de autos do Grupo cresceu 7% no semestre, em itens”.

Marcelo Sebastião, diretor de auto da Porto Seguro, diz que no ano passado o crescimento da procura por seguros da companhia para comerciais leves girou em torno de6%e neste ano a demanda está superior. “É uma fatia ainda pequena, mas que ganha importância e maior participação no volume de negócios”, afirma Sebastião, explicando que os comerciais leves respondem hoje por entre 5% e 10% da frota segurada pela empresa, que cresceu entre 11% e 15% no primeiro semestre e alcançou 2 milhões de veículos.

De acordo com Max Paiva, superintendente de produtos na área de auto da SulAmérica, enquanto o volume total de veículos segurados no país cresceu 6% em unidades no último ano, o grupo de comerciais leves avançou de 12%. “O mercado segurador cresce significativamente nessa parcela, que oferece muitas oportunidades”, observa Paiva. O segmento ganhou um ponto percentual de participação na carteira de autos da SulAmérica, passando de 14% em 2009 para 15% no ano passado, de um total próximo de 1,4 milhão de veículos segurados.

“A tendência é manter esse crescimento”, afirma Erika Médici, também superintendente de produtos na área de auto da SulAmérica.

Na Bradesco Auto/RE, os negócios acompanham de perto o crescimento das vendas do segmento, com alta em torno de 17% no semestre em volume de itens segurados, diz seu diretor, Enrico Giovanni Oliveira Ventura, para quem a boa performance desse mercado deve-se , principalmente, à demanda da pessoa jurídica. “A expansão está dentro das expectativas para esse mercado”, afirma o executivo. Conforme Ventura, a carteira de veículos comerciais leves e caminhões de pequeno porte responde por cerca de 18% do total da companhia. Para o diretor da Bradesco Auto, o crescimento nas vendas de comerciais leves resulta, particularmente, do avanço das restrições de circulação de veículos de maior parte nas grandes cidades.

“Umveículo menor também é uma opção para enfrentar o aumento do tráfego nos centros urbanos porque facilita a locomoção”, complementa Sebastião, da Porto Seguro.Odiretor-geral do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre também aponta o crescimento da ECONOMIA brasileira como principal estimulador da renovação da frota de veículos no país. “Há uma perspectiva, baseada nas projeções da indústria automobilística de que a frota segurada deverá crescer em torno de 10% este ano”, observa Alexandre.

“O setor de serviços, em especial, tem crescido muito e junto aumenta a demanda por veículos para transporte de mercadorias e locomoção de pessoas”, afirma Erika, da SulAmérica.



Fonte: Brasil Econômico