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Microsseguro ajudará mercado a gerar mais de 7,5% do PIB

produto - 01/09/2011

Ter seguros é uma evolução natural no processo de ascensão social. A afirmação foi feita, nesta terça-feira, pelo presidente da Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da CNSeg, Eugênio Velasques, durante o Workshop para Jornalistas, organizado pela confederação, em São Paulo.

Segundo ele, o mercado precisa ter agilidade no atendimento e oferecer os produtos adequados aos novos consumidores. “Em 1994, 40% da população brasileira não compravam seguro, pois achavam que não era necessário. Em 2005, esse percentual já havia caído para menos de 5%. No mesmo período, o percentual de pessoas que achavam o seguro caro baixou de 36% para 24%”, afirmou Velasques, que também é diretor Executivo da Bradesco Seguros e Previdência.

Otimista, Velasques prevê que o microsseguro poderá inserir no mercado de seguros algo em torno de 100 milhões de pessoas nas próximas duas décadas. Na visão dele, esse processo será de vital importância para que a participação da indústria do seguro salte dos atuais 3,5% para mais de 7,5% até 2017.

Quanto ao início das vendas do microsseguro, que depende de regulamentação, ele acredita que será possível colocar os primeiros produtos nas prateleiras até o segundo semestre do próximo ano. “Muitas seguradoras já estão prontas. Bastam três meses após o anúncio da regulamentação para a oferta de produtos para a sociedade”, disse Velasques.
Na conversa com os jornalistas, ele admitiu ainda que é preciso mudar práticas e conceitos, além da linguagem adotada pelo mercado. “Acho, por exemplo, que proteção é um termo muito mais adequado do que seguro”, observou.

Para Eugênio Velasques, o aumento da renda média da população, que permitiu a milhões de famílias subirem um degrau na escala social, trouxe novas necessidades para essas pessoas, principalmente de proteção. “É importante realizar pesquisas, muitas pesquisas, para conhecermos o que essas pessoas pensam e necessitam”, assinalou.

Segundo ele, há uma escala natural de produtos e serviços demandados, a qual começa pelos seguros de acidentes pessoais e de proteção financeira; passa pela assistência funeral e seguros de vida; e chega às coberturas para residências, automóveis, saúde e rural. “Os produtos devem ser desenhados pelo público e não mais por seguradores ou corretores. O desafio é o preço. Além disso, o produto deve estar disponível em locais próximos da moradia do público alvo”, acentuou, referindo-se ao microsseguro.

Fonte: cqcs