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Seguro pode reduzir custos e riscos do Governo nas grandes obras

garantia - 01/09/2011

As seguradoras especializadas no seguro garantia estão prontas para assumir, a exemplo do que ocorre em outros países – tais como os Estados Unidos - a responsabilidade pela análise da capacidade do tomador (empreiteiro) e pela fiscalização das grandes obras públicas, reduzindo, dessa forma, custos e riscos para o Governo. É o que asseguraram, nesta terça-feira (30), o presidente da Comissão Técnica de Créditos e Garantias da Fenseg, Rogério Vergara; e o assessor especial da presidência da CNSeg, José Américo Peón de Sá. Ambos participaram do Workshop para Jornalistas, organizado pela confederação, em São Paulo.

Segundo eles, o mercado quer, inclusive, aumentar o limite máximo previsto na legislação para a aceitação de riscos pelas companhias de seguros no ramo de garantia de obras.

A proposta do setor privado é passar esse teto de 5% para 30% do valor em risco – nos contratos “comuns” – e de 10% para 45% nas coberturas para obras de grande complexidade. “Assim, também acabamos com aquela história de que o mercado de seguros não teria capacidade para assumir um grande volume de riscos”, afirma Peón de Sá.

Ele diz ainda que o seguro pode ser um importante “instrumento de controle de gastos públicos” e de racionalização do processo de licitações públicas. “Temos como ajudar o governo e a sociedade a obter mais produtividade e menores custos nessas grandes obras”, acrescentou.

Rogério Vergara, por sua vez, assegurou que o ramo garantia apresenta grande potencial de crescimento para os próximos anos a reboque das grandes obras do PAC, de infraestrutura, energia e preparação para os eventos esportivos marcados. “A carteira gera, hoje, um volume de prêmios da ordem de R$ 700 milhões por ano, com crescimento médio de 20%”, revelou Vergara, que também é diretor Executivo da Mapfre Seguros.

Ele acrescentou que as grandes obras trarão, na prática, efeitos para todo o mercado de seguros. “As perspectivas são muito boas. Somente as obras das usinas de Jirau e Santo Antonio estão rendendo uma receita de prêmios da ordem de R$ 360 milhões para diferentes carteiras de seguros”, exemplificou.

Fonte: cqcs