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Previdência: Fenaprevi prevê crescimento de 15% em 2011
previdência - 18/02/2011
A tendência de forte crescimento da previdência privada aberta e do seguro de vida, que se manteve ao longo do ano passado, deve permanecer em 2011. Segundo o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Marco Antonio Rossi, a estimativa é a de que o setor dê um salto de até 15% este ano. Ele aponta uma série de razões para essa projeção otimista, incluindo o aumento da demanda por parte da classe média, principalmente com o aquecimento das vendas de planos de previdência e seguros de vida para pequenas e médias empresas e o avanço dos produtos voltados para as classes de menor poder aquisitivo. “As pequenas e médias empresas, que já compram seguro de vida, estão fortalecidas e são capazes agora que incorporar o benefício da previdência complementar aos funcionários como mecanismo de retenção de mão de obra. Nos próximos anos, nós teremos um avanço gradual, mas consistente”, observa Marco Antonio Rossi, que também preside a Bradesco Seguros e Previdência.
De acordo com a Fenaprevi, em 2010, o setor previdência aberta faturou R$ 46 bilhões, o que representou um salto de 18,8% em relação a 2009. A carteira de ativos atingiu o patamar de R$ 223 bilhões, 22% a mais do que no final do exercício anterior. Na virada do ano, as empresas do setor administravam cerca de 12 milhões de contratos, sendo que o número de titulares de planos que já usufruem de aposentadoria privada chegou a 77 mil em dezembro.
O destaque do setor foi o VGBL, que gerou receita de R$ 36,7 bilhões em 2010, com alta de 21,6%. Já o PGBL cresceu 16,6%, para R$ 6 bilhões.
Outra aposta do setor está relacionada ao desenvolvimento de novos produtos. No final da semana passada, durante o IV Encontro Nacional da Fenaprevi, realizado na Bahia, Marco Antonio Rossi falou com entusiasmo sobre o potencial das duas novas modalidades de planos de previdência - o VGBL Saúde e VGBL Educação, cuja criação, em estudo no Governo, a entidade defende. No caso do VGBL Saúde, a ideia é oferecer um produto que acopla coberturas de saúde e de previdência ao mesmo tempo, baseado em modelos adotados pelo mercado norte-americano. Esse tipo de plano já conta com o aval da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Agora, a Fenaprevi, junto com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde) está buscando o apoio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Estou otimista de que sua regulamentação poderá ocorrer ainda este ano”, aposta Marco Antonio Rossi.
Além disso, a Fenaprevi formou grupo de trabalho para apresentar sugestões visando ao desenvolvimento de produtos da linha Universal Life, que englobam coberturas de riscos e de acumulação. Na visão do presidente da entidade, esse produto será fundamental para o mercado alcançar uma nova faixa de consumidores.
Os dados da Fenaprevi mostram ainda que o crescimento da economia e, consequentemente, do poder de compra da população, também se reflete no setor. Prova disso é que, em 2010, os planos de previdência aberta individuais cresceram 27,3%, para R$ 39,1 bilhões. Já os planos empresariais tiveram alta de 16,4%, atingindo a marca de R$ 5,4 bilhões.
Fonte: Seguros dia-a-dia