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Disputa acirrada no ramo vida

produto - 20/09/2011

A Prudential, que é uma das maiores seguradoras americanas, já é a segunda colocada no mercado brasileiro de seguros de vida individuais, perdendo, no ramo, apenas para a do Bradesco (em Minas, assumiu o primeiro lugar). O seguro de vida só voltou a ter alguma importância no Brasil depois do lançamento do real. A inflação alucinada impedia que os brasileiros engenhassem qualquer planejamento financeiro pessoal.

O seguro de vida é um investimento comum em economias mais desenvolvidas. Porém, os que mais precisam desse mecanismo de proteção são os que têm menos renda, pois o seguro é a maneira prática de se assegurar rendimentos substitutos e patrimônio financeiro razoável no caso de morte ou invalidez permanente de quem mais contribui para o sustento do casal, dos filhos ou dos netos.

O seguro de vida começou a se sofisticar no Brasil, com produtos voltados para a educação dos filhos ou para a manutenção, pelos beneficiários, de um determinado padrão de consumo. Diferentemente do seguro em grupo, cujas condições são genéricas, o individual precisa se encaixar no perfil de cada cliente, o que exige um esforço de venda muito especializado. Foi nesse nicho que a Prudential apostou e tem obtido um bom resultado. Hoje a alta direção da seguradora é composta por brasileiros, a começar pelo próprio presidente, Flávio Lins de Castro.

O mercado para executivos de alta gerência continua bem movimentado no Brasil, só que com algumas mudanças. Até 2009, a procura era maior por especialistas nas áreas financeira e jurídica (ou seja, para dentro das empresas) e agora está mais voltada para vendas, distribuição e mesmo a presidência, de olho no que acontece fora das companhias, relata Cynthia Rejowski, diretora da Hays, grupo britânico que atua no recrutamento de executivos. A Hays abriu quatro escritórios no Brasil: o do Rio cuida também das regiões Norte e Nordeste. Uma das tarefas de Alexia Franco, santista radicada há 11 anos no Rio, é prestar consultoria para o BG Group, sócio na Petrobras em vários campos do pré-sal, e que montará no parque tecnológico da Ilha do Fundão um dos seus maiores centros mundiais de pesquisa.

Curiosidade detectada pelos estudos da Hays: o mercado brasileiro começa a ficar bem mais atento a profissionais com longa quilometragem (no setor de energia, por exemplo). E a razão é a mudança no perfil demográfico. Em 2030, 19,7% das pessoas em condições de trabalhar no Brasil terão mais de 65 anos.

Fonte: Coluna de George Vidor - O Globo