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Microsseguro fará participação no PIB saltar para 7,5%

produto - 07/10/2011

O microsseguros é fundamental para que a participação do mercado de seguros no Produto Interno Bruto (PIB) salte dos atuais 3,5% para 7,5% até 2017. A afirmação é do presidente da Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da Confederação Nacional de Seguros (CNSeg), Eugênio Velasques, que integra a comissão mista criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) visando a elaborar uma proposta de normativo que estabeleça regras especiais para o desenvolvimento de microsseguros no Brasil.

Segundo Eugênio Velasques, que participou, esta semana de um evento sobre microsseguros, promovido pelo Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), o microsseguros poderá inserir no mercado brasileiro algo em torno de 100 milhões de consumidores nos próximos 20 anos. “Contudo, o mercado precisa ter agilidade e criatividade no atendimento, além de oferecer produtos adequados aos novos consumidores. É necessário quebrar paradigmas, mudar práticas, conceitos e até mesmo a forma como nos comunicamos com esse público", argumenta o executivo, que também é diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência.

Antes, porém, é preciso regulamentar esse produto. E a Susep tem pressa. A minuta de uma resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) tratando dessa matéria deverá ficar pronta ainda este mês, na comissão criada pela autarquia.

Entre as novidades já antecipadas pelo superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, consta a criação da figura do corretor especializado em microsseguros, cuja formação será bem mais simplificada do que o modelo adotado atualmente.

Luciano Portal Santanna espera que o mercado consiga iniciar as vendas dos microsseguros no primeiro semestre de 2012.
A expectativa do mercado é a de que a resolução seja abrangente, tratando de diversos pontos, menos no que tange à renúncia fiscal, o que somente pode ser feito por lei.

Integram essa comissão, como representantes da Susep, o diretor da autarquia, Nelson Victor Le Cocq D’Oliveira; os técnicos Regina Lídia Simões, Gabriel Caldas e Cassio Cabral Kelly, além do Procurador Federal Irapuã Gonçalves de Lima Beltrão. As entidades privadas indicaram Luiz Peregrino da Cunha (diretor da Federação Nacional de Previdência Privada, FenaPrevi), Rodolfo Francisco Ern (da Federação Nacional de Seguros Gerais, Fenseg) e Sérgio Diuana (Federaão Nacional de Capitalização, FenaCap), além do próprio Eugênio Velasques. “O aumento de renda da população permitiu a milhões de famílias subirem um degrau na escala social. Essas pessoas têm necessidades específicas de proteção. Por isso, precisamos desenvolver novas coberturas e diversificar os canais de distribuição para que nossos produtos cheguem onde esse público está”, ressalta Velasques.

Ainda no evento do clube mineiro, coube ao empresário Alaor da Silva Júnior apresentar o case do bem-sucedido Plano de Amparo Social Imediato (PASI), projeto que se tornou referência em seguro popular no Brasil há 23 anos. “O desafio era criar um seguro de vida e acidentes em grupo simplificado, eficaz e de baixo preço, mas que pudesse oferecer formas de proteção que atendessem as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias”, conta.

Para viabilizar o projeto, o executivo explica que buscou a parceria das entidades de classe. Dessa forma, o PASI passou a integrar as convenções coletivas de trabalhadores de vários segmentos da economia. Atualmente o plano contabiliza mais de dois milhões de segurados e um volume de indenizações que ultrapassa R$ 75 milhões.

Fonte: Jornal do Commercio