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Seguros atrelados à habitação mantêm viés de alta

produto - 26/10/2011

Os ramos de seguros atrelados ao setor de habitação podem respirar aliviados, tendo em vista os números apresentados pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda.

Segundo ele, os recursos da caderneta de poupança destinados ao mercado imobiliário estão garantidos pelos próximos dez anos. Ou seja, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) repassará R$ 30 bilhões por ano, o que descarta a escassez de recursos para o financiamento nos próximos anos. "A Caixa está equacionada até 2013, não tem problema de recursos. Nesse período, está havendo uma discussão com relação aos recursos da poupança, porque no FGTS, que financia o Programa Minha Casa, Minha Vida, tem R$ 125 bilhões para os próximos quatro anos. Então tem recursos para o Minha Casa, Minha Vida na faixa até dez salários mínimos, com mais de 2 milhões de casas para serem contratadas”, adiantou.

No Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), ele prevê um período de transição, que deve ocorrer até os juros ficarem mais baixos no País, para que assim se possa securitizar os créditos existentes, gerando mais recursos para os investimentos. “Quando os recursos estiverem em 7%, não se precisará mais dizer de onde vem, porque será possível aplicar recursos das tesourarias dos bancos como é em todo o mundo”, informou ele.

De acordo com o presidente da Caixa, o círculo virtuoso do crédito imobiliário no Brasil ainda tem muito a caminhar. “Temos um pouco mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o crédito imobiliário, e se imaginarmos que o Chile tem 12% e o México no mesmo patamar, aqui no Brasil ainda temos um caminho longo a percorrer. A discussão é se vamos ter um crescimento de 50% ou 60% ou um pouco menor”.

Para ele, o crescimento do crédito imobiliário no Brasil será um pouco menor, porém sustentado, afiançou.



Até o momento, o financiamento imobiliário da Caixa passa de R$ 60 bilhões e a previsão é que alcance R$ 90 bilhões até dezembro. “Nesses três últimos meses do ano, a contratação acelera. Está entrando agora a contratação para a faixa de zero até três salários mínimos para o Minha Casa, Minha Vida e queremos passar dos R$ 76 bilhões do ano passado”.

Fonte: Viver Seguro