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Insurance Service Meeting 2012 - O uso de meios remotos no mercado de seguros
tecnologia - 22/03/2012
As ferramentas virtuais, cada vez mais desenvolvidas, ganham novos adeptos a cada dia. A grande questão é como o mercado de seguros pode e deve usufruir das tecnologias para se aproximar do consumidor, comercializar produtos e interagir de forma amigável.
Para Eugênio Velasques, diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência e diretor da Fenaprevi, a primeira questão é analisar se a internet é uma ferramenta ou um canal. “As pequenas e médias empresas, por exemplo, têm grande potencial e o uso da tecnologia pode ser feito para aproximar pessoas, de forma amigável, para que o consumidor possa fazer a sua escolha pelo melhor canal”, sugere.
O desafio, segundo ele, é a adesão de corretores aos meios digitais. Ele comentou as dificuldades que a Susep enfrenta com o cadastramento on-line de corretores. “Muita gente não tem tecnologia, principalmente para a digitalização, armazenamento e acesso de documentos. Fica a questão: o mercado está pronto para dar este salto?”
Na sequência, Roberto Ciccone, consultor de negócios da IBM, falou sobre as gerações Y e Z , um público cada vez mais exigente e interconectado, que chegam a usar cinco canais de pesquisa, sendo o mais popular o Google. “São gerações que buscam interação, dicas em redes sociais, pesquisam sites e trocam informações com amigos. São consumidores mais exigentes e menos leais.”
Inclusive, em uma pesquisa realizada pela IBM sobre qual meio os consumidores usarão para adquirir seguros daqui a cinco anos, a maioria apontou como principal meio a internet, com destaque para o acesso via smartphone. “Os consumidores têm mantido mais contato com o mercado pelas redes sociais, principalmente pelo Facebook. Principalmente os da geração Z, na faixa de 25 e 30 anos”, complementou João Pereira, executivo da IBM.
João Pereira, também da IBM, reforça as ponderações de Roberto Ciccone, sobre os pontos de interação. “É por meio das redes sociais, principalmente pelo Facebook, que muitos consumidores têm mantido mais contato com o mercado em busca de indicações, reclamações e melhores preços, principalmente os da geração Z, na faixa entre 25 e 30 anos.”
Soluções
Desenvolvido pela IBM, o portal Open Insurance é um simulador com ferramentas de interação e soluções para a área de seguros. Além de o consumidor pode fazer uma simulação em tempo real em relação a coberturas, contratações de serviços de assistência no seguro de automóvel para checar o prêmio da apólice, ele também pode acessar o portal em caso de sinistros.
“Pelo portal, ele pode utilizar ferramentas como o Skype e geomarketing, e até pelo celular, como aviso de sinistro para que a polícia seja comunicada do acidente. E, por meio de imagens, o segurado pode transmitir informações à seguradora sobre os detalhes do acidente”, explicou Pereira.
Também na ocasião, o executivo da IBM demonstrou uma simulação de sinistro pelo Facebook, citando, como exemplo, um veículo em pane após uma chuva de granizo. “São suas vantagens que o segurado tem ao utilizar a ferramenta. A primeira é a garantia de navegar em um ambiente que lhe é familiar e, a segunda, é não sobrecarregar a central de atendimento da seguradora já que, em dias de fortes chuvas, aumentam os comunicados de sinistros.”
Melhorias no processo de sinistros
Em sua apresentação, Paulo da Mata, diretor da BRQ, destacou que há formas de melhorar o processo de sinistro, que é um momento crítico no relacionamento entre segurador e companhia de seguro. “Neste momento, é difícil manter a cadeia de valor. A concorrência está cada vez mais acirrada, com novos produtos e novas seguradoras entrantes no mercado.”
Para fechar esta equação, a BRQ tem oferecido soluções mais ágeis. Inclusive, o diretor de Tecnologia e Informação da Capemisa, Francisco Di Gioia, citou o projeto da BRQ que foi implementado na companhia, o sistema ECM – centralizador de dados e acessos. “O resultado foi uma considerável redução de troca de e-mails entre as áreas e de tempo de cada etapa, com a criação de parâmetros que fiscalizam o trâmite da documentação. Desta forma, caso o sinistro fique parado em determinada área mais do que o previsto, nós temos acesso à informação.”
Equilíbrio entre baixos custos e eficiência
Geraldo Cavagnari, diretor de Serviços Financeiro da CSC, abordou como as companhias podem equilibrar custos baixos com eficiência na apresentação de novos produtos aos consumidores que, por trás, há várias implicações operacionais.
A resposta, segundo ele, é mais flexibilidade no clausulado do seguro e integração mais ágil com todos os envolvidos na cadeia produtiva. Como exemplo, ele apresentou um case da Zurich, que utiliza soluções globalmente de cada área, aplicadas em diversos países. “Na Índia, eles estudam soluções para dar maior celeridade à liquidação de sinistros e na África é desenvolvida a área técnica de produtos. Posteriormente, há um compartilhamento de todas as ferramentas entre as demais unidades da Zurich no mundo. 60% das operações da Zurich são por meio de soluções globais; 20% regionais e os demais 20% por soluções locais”, finalizou Cavagnari.
Fonte: revista cobertura

