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Corretores de seguros são protagonistas do comércio eletrônico no setor
artigo - 17/05/2012
Economia digital
Corretores de seguros são protagonistas do comércio eletrônico no setor
Thaís Ruco*
A cada ano, os números do comércio eletrônico dão saltos. O faturamento somou R$ 18,7 bilhões em 2011, com crescimento de 26% em relação ao ano anterior. Em transações, o crescimento foi de 34% no mesmo período. Esse avanço superou de longe o crescimento das lojas físicas. Em 2010, aconteceu o maior crescimento do comércio eletrônico em toda a história do Brasil: 40% em relação ao ano anterior.
Por trás de pesquisas desta natureza está a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), maior entidade multissetorial da América Latina, agregando diversos segmentos da economia que se inserem nas práticas on-line – entre eles, o de seguros.
Democratizar as compras eletrônicas seguras é o papel da camara-e.net, que tem os corretores de seguros como parceiros ideais. Esses profissionais são grandes protagonistas do comércio eletrônico: lideram no Brasil o processo de atendimento na emissão de certificados digitais, insumos básicos para transações eletrônicas seguras e com validade jurídica. São mais de 50 empresas, corretoras de seguros, que se tornaram Autoridades de Registro (AR’s) de certificados digitais, além de dezenas delas em processo de credenciamento nas Autoridades Certificadoras (AC’s), como, por exemplo, Sincor e Fenacor. As vantagens dos corretores de seguros é que estão próximos do cliente e são especialistas em atendimento presencial e consultivo, o que é indispensável para a tarefa de analisar e conceder documentos como os certificados digitais.
Corretores de seguros estão entre os representantes de diversos setores interessados no avanço da economia digital, que compõem o Comitê de Identidades Confiáveis da camara-e.net. Em abril, o grupo promoveu discussão sobre novos modelos e aplicações de certificados digitais, analisando as propostas apresentadas pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação).
Foram discutidas as assinaturas digitais avançadas especificamente para documentos PDF – ou seja, utilizar o PAdES (PDF Advanced Electronic Signatures) no padrão brasileiro de assinatura digital. O PDF hoje é mais do que um arquivo, é uma estrutura de documento de diversas camadas, separando texto, imagens e o certificado digital. Com isso, o PAdES permite assinar um ponto específico do documento, por exemplo, dentro de um campo de formulário, de forma bem análoga ao papel. Esta evolução deve contribuir para migração dos documentos para o meio eletrônico em diversos segmentos, como o jurídico, a imprensa oficial, e o setor de seguros, não só para preservar informações como torná-las eletrônicas para facilitar consultas.
Os corretores de seguros também estão participando da discussão sobre o novo certificado de atributo, tecnologia complementar que amplia o potencial de uso do certificado digital, com um fator maior de segurança. Enquanto o certificado digital identifica uma pessoa ou empresa, o certificado de atributo qualifica. Exemplos seriam certificados de atributos de membro da OAB para advogados, ou de representante de uma entidade de seguros. O certificado de atributo determina alçadas – não representa quem a pessoa é, mas o que ela pode fazer naquele momento. O prazo de validade daquele atributo pode não ser o mesmo do certificado digital, assim, o certificado digital deve ser renovado sempre que ocorrer alteração em qualquer um dos prazos. Pelo fato de o certificado de atributo não existir sem o certificado digital, ele é um indutor do uso da tecnologia de segurança da certificação digital.
Além de os corretores fornecerem certificados digitais como novo item em sua carteira de produtos e serviços, é a partir daí que acontecerá o comércio eletrônico no setor de seguros. Os sites das corretoras estão se modernizando e, com a ativa participação desses profissionais pelo avanço da economia digital, em breve deveremos ter consolidada a contratação de seguros via internet, para bem atender os consumidores, que estão cada vez mais on-line.
Fonte: Thaís Ruco - Jornalista especialista em seguros e econo

