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Corretor perde ou ganha clientes por causa dos seguros online?
mercado - 23/07/2012
“Ao mesmo tempo que é inevitável, os seguros online afastarão o cliente do corretor de seguros”. Essa é a opinião do corretor da Etica & Probo Corretora de Seguros (São Paulo/SP), Flavio Lopes de Paula.
Ele defende que, ao fazer o consumidor responder diretamente as perguntas das seguradoras, o mercado dá o primeiro passo para excluir o corretor do processo. “Hoje os seguradores já criaram pontos para os segurados resolverem seus sinistros na mesma hora, sem ajuda do corretor, oferecendo melhores benefícios do que se o segurado utilizasse o parceiro”, reforça.
Mas Flavio concorda que a internet é capaz de eliminar o pesado trabalho de orçamentos, aumentando consideravelmente a capacidade de atendimento aos segurados. “Acredito na massificação do cálculo online e que, daqui a alguns anos, esse recurso estará disponível a todas as corretoras”.
Já o gerente Comercial da Valle Corretora de Seguros (Niterói/RJ), Luiz Claudio Rocha Valle, aponta que estudou muito o segmento, antes de explorar as vendas online. “Seguro não é mercadoria e precisa de pós-venda. Depois de realizada a contratação, ligo para o segurado, explico tudo o que ele precisa saber e me coloco à disposição”, explica.
Luiz Claudio também relata ganhos de eficiência operacional. “Não preencho mais qualquer questionário de perfil. Isso me dá uma tranquilidade grande. Simplesmente coloquei na internet, de forma criptografada, um sistema que identifica o cliente quando ele preenche o questionário. É possível identificar o IP da máquina e o servidor de e-mails dele”.
Nesse contexto, Luiz Claudio ressalta que, se uma companhia negar um sinistro por causa de resposta errada, o perfil está armazenado no servidor da corretora. “Assim, eu reduzo aquela história do segurado, na hora do sinistro, de desdizer o que disse há alguns meses. Não há possibilidade disso”.
O resultado é que, segundo o corretor, “o percentual de vendas on line aumentou muito além do esperado e hoje responde por 25% da carteira”.
Fonte: cqcs

