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Desfile das escolas de samba do Rio tinha seguro

evento - 10/03/2011

Os espectadores dos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, o famoso Sambódromo no Rio de Janeiro, talvez tenham como última preocupação se este tipo de evento possui seguro ou não e se este seguro os contempla.

Envoltos pela folia e no espaço que compreende o sambódromo, mais de 100 mil pessoas, se considerarmos apenas os espectadores, têm garantia de seguro desde 1993, quando foi feita a primeira apólice. Desde 2007, a seguradora oficial do carnaval do Sambódromo do Rio é a Mapfre.

O contrato firmado pela Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), de valores não revelados, em função de uma cláusula de exclusividade, cobre riscos de acidentes pessoais dos espectadores, dos que participam dos desfiles e de todos os profissionais envolvidos na realização do espetáculo.

A cobertura inclui, ainda, apólice de responsabilidade civil para danos materiais ou corporais causados a terceiros durante o evento, desde os preparativos na concentração até a dispersão e a desmontagem do evento. O seguro abrange também a cobertura no show, isto é, prevê indenização à promotora do desfile das escolas de samba caso o dinheiro dos ingressos tenha que ser devolvido ao público, devido a não realização dos desfiles.

O economista e assessor da direção da Escola Nacional de Seguros, Lauro Vieira de Faria, esclarece que espectadores e foliões desfilantes podem recorrer ao seguro contratado pela Liesa em caso de sinistro.

"Todos os que desfilam, assistem ao espetáculo, os diversos profissionais envolvidos na organização do evento, os organizadores, enfim, as milhares de pessoas reunidas ao redor e na passarela do samba, além das áreas vizinhas à realização do evento, têm direito à cobertura das apólices de responsabilidade civil, acidentes pessoais e no show. Todas as coberturas são válidas também para o Desfile das Campeãs, realizado no sábado seguinte ao desfile do carnaval no sambódromo do Rio, de acordo com informações da corretora Lua Nova, que desde 1994 faz a intermediação do seguro da Liesa".

Além do seguro da Liesa, outros seguros são contratados pelos promotores que organizam as festas nos camarotes da Marquês de Sapucaí e pelas empresas de redes de fast food, responsáveis pelos quiosques na passarela do samba. São seguros contra riscos de intoxicação alimentar pela comida servida e contra danos causados às pessoas que estiverem dentro dos quiosques ou camarotes. Lauro lembra que o carnaval necessita, também, de outras coberturas específicas. Entre elas, seguro para equipamentos, instalações, montagens, carros de som, alegóricos, esculturas etc.

"Das coberturas contratadas, geralmente, a no show é a que tem expectativa de ser menos utilizada para o carnaval, já que os foliões desfilam em qualquer situação. Não tem temporal, carro alegórico enguiçado ou que pegue fogo capaz de cancelar um desfile.

O único registro de cancelamento na história da passarela do samba foi em 1988, quando um forte temporal deixou a cidade em estado de calamidade pública e o Desfile das Campeãs não foi realizado.

Naquele ano, a vencedora foi a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, com o enredo "Kizomba, festa da raça", que pela primeira vez desfilava entre as campeãs do Grupo Especial".

Fonte: Jornal do Commercio