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FenSeg vê um 2020 virtuoso para grandes riscos

mercado - 12/11/2019

Se tem um segmento otimista com 2020 e satisfeito com a interlocução que tem com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o de grandes riscos. Antonio Trindade, presidente da Federação Nacional de Seguros Privados (FenSeg) e CEO da seguradora Chubb Brasil, afirmou que há muitas boas perspectivas para o segmento nos próximos anos, durante a abertura do XIII Seminário Internacional da ABGR 2019, que começou hoje e termina amanhã, em São Paulo, com a participação de cerca de 3 mil especialistas,

Entre os pontos destacados, Trindade mencionou a nova clausula de embargos e sanção anunciada recentemente pelo governo, numa clara sinalização de “mais Brasil, menos Brasília”. O governo estima que R$ 65 bilhões serão injetados na economia com a substituição do depósito recursal por seguro garantia ou fiança bancária, como prevê o programa de emprego anunciado nesta semana pelo governo Bolsonaro. Com a medida, o dinheiro represado em contas judiciais poderia voltar ao caixa das companhias. “Isso pode trazer um volume significativo de negócios para o mercado segurador”, comemorou.

Ele também está otimista com o movimento de privatização e de concessões já realizados e os que estão na agenda do governo. “Isso deve gerar mais atividades para grandes riscos”, citou. Trindade também ressaltou que espera que a nova lei de licitações seja aprovada, para substituir a Lei 8.666. Depois de passado pelo Senado, seguirá para a sanção do Presidente da Republica. O projeto estabelece que as obras e serviços de engenharia terão um seguro que afiançará sua execução em caso de problemas com a construtora. “Esse também é. um passo importante para a indústria de seguros de grandes riscos, pois vai estimular que obras tenham a garantia do seguro para seu termino, mesmo que um infortúnio coberto pelo programa de seguro aconteça”, disse.

Segundo ele, o Brasil tem um mercado sofisticado e de boa qualidade em grandes riscos, tanto em relação aos corretores e às re/seguradoras, que são globais, bem como os gerentes de riscos que são especialistas de boa formação. Temos grande possibilidade de desenvolver os seguros ambiental e riscos cibernéticos, ambos motivados pelas regulamentações como LGPD, e nossa expectativa é de que logos esses produtos estejam consolidados como o seguro de D&O (Directors & Officer), que não era nada anos atrás. Em 2018, o mercado para este produto alcançou R$ 443 milhões em vendas, valor que representou uma alta de 9,38% comparado ao ano anterior, contabilizando cerca de 10 mil apólices.

Fonte: Sonho Seguro