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Fenaprevi lista desafios e perspectivas para 2023

mercado - 13/12/2022

Edson Franco participa de almoço das lideranças do mercado segurador promovido pela CNseg

Presidente da Fenaprevi fala do balanço e dos desafios de 2022, bem como das perspectivas para 2023

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2022 - O presidente da Fenaprevi, Edson Franco, participou do Almoço das Lideranças do Mercado Segurador. Organizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o evento aconteceu no Belmond Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, e contou com a participação dos representantes das federações do setor de seguros, executivos do mercado segurador, bem como imprensa e demais convidados.

Na ocasião, o presidente apresentou aos presentes os resultados da Fenaprevi em 2022, e citou as perspectivas para o próximo ano. Franco iniciou sua participação no evento informando o desafio que foi mais um ano de pandemia. Não apenas para a instituição, mas para todo o mercado. Lembrou da ampla cobertura vacinal, do controle da pandemia, mas que logo chegou a variante do coronavírus Ômicron que alertou o setor, assim como a guerra entre Rússia e Ucrânia. No entanto, frisou que, apesar das dificuldades inerentes ao atual cenário de saúde no país, foi um bom ano para a Federação e o setor de seguros:

“Aprender com a diversidade e esperar o inesperado. Foi assim em 2022 e tem sido assim desde o início da pandemia. Mas o balanço foi muito positivo ao final. A Fenaprevi fecha o ano com quase 11 milhões de participantes, o que equivale a 8% da população brasileira de 20 a 65 anos e um crescimento de 14% no comparativo com 2021. Foram 13,8 milhões de planos de previdência”, disse Franco, que destacou haver ainda um potencial muito alto de mercado no Brasil, tendo em vista que menos de 10% da população ativa possui planos de previdência. O presidente também apresentou aos convidados outros resultados do segmento, como aumento nas captações bruta e líquida: de R$ 130 bilhões (14%) e R$ 29 bilhões, respectivamente.

Com relação ao seguro de pessoas, Franco informou que até outubro foram R$ 48 bilhões arrecadados. Estima-se que 25% da nação tem seguro funeral, 17% possuem algum tipo de seguro de vida e 9% um seguro por invalidez. “Com isso vemos um nível de subproteção à renda existente no Brasil. Não há como proteger o patrimônio se não houver preocupação com a renda”, disse. O executivo lembrou ainda que, desde o início da pandemia, a Fenaprevi já pagou R$ 7 bilhões em indenizações por Covid-19, e que quase 190 mil famílias foram assistidas nesse período.

Outro ponto citado foi o aumento dos resgates em previdência privada esse ano, que não foi diferente dos últimos dois, também em decorrência dos impactos causados pela pandemia. Até outubro de 2022, foram R$ 100 bilhões resgatados, alta de 25% em relação ao ano anterior. “Além do contexto da crise sanitária que fez com que as pessoas procurassem suas reservas, essa conjuntura de alta dos resgates é, também, o reflexo da situação econômica vivenciada no Brasil e da retomada lenta da economia. Embora a empregabilidade esteja reagindo, a renda média da população está deprimida”, explicou.

Com relação ao futuro e as perspectivas para 2023, o presidente Edson Franco destacou a chegada de novos produtos e o aperfeiçoamento das normas. “A SUSEP aprovou as consultas públicas que tratarão do novo marco regulatório dos planos PGBL e VGBL, e estamos aguardando a publicação das minutas., fizemos nossas contribuições a esse arcabouço, dentre elas a necessidade do desenvolvimento de um mercado de renda no Brasil. O modelo atual possui pouca flexibilidade, sendo ou vitalícia ou temporária. Buscamos que sejam mais flexíveis a fim de que a população se anime para aderir e contratar mais esse tipo de produto”, disse.

Uma outra lembrança do gestor, no evento, foi o andamento dos debates quanto à regulamentação definitiva, no Brasil, do produto de Seguro de Vida Universal. “Lá fora, nos Estados Unidos, ele representa 42% dos seguros de vida atuais, combinando risco e acumulação. É um produto moderno e maleável. E isso pode ajudar no gap de proteção securitária existente no país”, finalizou.


Fonte: FenaPrevi