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Associação não descarta nova paralisação de médicos de planos de saúde

saúde - 10/06/2011

Os médicos de planos de saúde do estado de São Paulo poderão suspender os atendimentos a partir do dia 30 de junho, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas, segundo informou nota divulgada pela Associação Paulista de Medicina.

A paralisação deve ser discutida em assembleia a ser realizada no dia 30 deste mês, em São Paulo. De acordo com a associação, há cerca de dez anos profissionais que atuam para empresas de planos de saúde e seguro não têm reajuste.

A categoria reivindica uma recomposição do valor da consulta para R$ 80 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.

Os profissionais também reivindicam a regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

De acordo com a Associação Paulista de Medicina, a paralisação por tempo indeterminado será uma das propostas a ser discutida. A possível paralisação afetará 15 empresas de planos de saúde e operadoras.

Em abril, cerca de 160 mil médicos de todo o País pararam, com o objetivo valorizar o trabalho médico, além de questionar o baixo salário e a maneira como profissionais e pacientes são tratados pelas empresas de planos de saúde.



De acordo com entidades que representam os profissionais, atualmente, a maior parte dos planos de saúde paga entre R$ 25 e R$ 40 por consulta, dependendo da região do país.



Dentre os problemas enfrentados pelos profissionais em relação às empresas, estão obstáculos para a solicitação de exames e internações, pressão para a redução de procedimento, antecipação de altas e transferências de pacientes.

Fonte: Infomoney